Como migrar para Tecnologia?

Valquíria Alencar
6 min readSep 14, 2022

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Imagem de Emile Perron, obtida no Unsplash.

Em julho do ano passado eu escrevi um artigo aqui contando o porquê de eu ter decidido estudar Data Science. De lá pra cá muita coisa aconteceu… Inclusive, fazia um tempão que eu não escrevia nada aqui, mas estou ON agora!🔥

E se você ainda não me conhece, vou resumir brevemente minha história antes de migrar para tecnologia:

Eu sou formada em biologia. Fiz mestrado e doutorado em Biotecnologia e desenvolvi um pós-doutorado por quase 4 anos na área de biologia molecular. Comecei a estudar programação por conta própria e depois fui me especializando em Data Science após participar de uma imersão e um Bootcamp de Data Science da Alura 🎲.

Mês passado fez 1 aninho que estou trabalhando como docente no ensino superior no Grupo Alura, na área de dados.

Nesse 1 ano tanta coisa rolou… Produção de conteúdos de graduação e pós-graduação, gravação de disciplinas e até um livro veio aí! Sim!!! Eu e meu chefe (o querido Allan Spadini) escrevemos e publicamos um livro sobre um assunto que eu amo demais: Séries Temporais.

(Momento publi!). Sim! Eu meti essa kkkk

No decorrer desse processo todo vi muitas pessoas ao meu redor mudando de área. Também, tenho amigos e amigas querendo fazer a transição para tecnologia. Já recebi muitas mensagens de pessoas me perguntando dicas, etc. Então, hoje eu vim aqui trazer essas informações! São coisas que funcionaram comigo e que podem te ajudar. Vamos lá:

1 — Decidir a área que você quer migrar

Bom, temos muitas áreas dentro da tecnologia: Front-end, Back-end, UX design, Devops, Data Science…

Vou deixar um artigo aqui explicando sobre algumas áreas de tecnologia:

Você deve começar ponderando sobre aquilo que você tem mais afinidade. Eu sempre fui curiosa demais por descobrir as coisas, analisá-las e tirar algum insight sobre as minhas descobertas… Tanto é que trabalhei como Cientista por quase 14 anos antes de migrar para Data Science.

Beleza! Depois que você sabe o que tem mais a ver com você, é legal pesquisar a fundo sobre as áreas e todas as suas possibilidades de atuação. Em Data Science, por exemplo, você pode se especializar como uma pessoa engenheira de dados, analista de dados, cientista de dados, engenheira de machine learning etc.

Você pode até fazer aquelas listinhas de prós e contras de cada uma das áreas.

Pare um pouquinho e pense aí: Quais são as habilidades e as competências que você tem? Isso pode ser um fator decisivo quando você tiver insegurança entre o que escolher.

Além disso, é importante analisar como está o mercado para a área desejada. Eu lembro que quando decidi querer estudar biologia foi por paixão, sabe? Na época eu era muito nova e nem me questionei sobre: qual é a média salarial? Como o mercado está? Vai ser fácil conseguir um emprego? 😑

E é claro: converse com pessoas que já atuam na área! Pergunte como é o dia-a-dia, como são as demandas…

2 — Networking com pessoas da área

Falando em conversar com pessoas da área, ampliar o networking é tudo, viu?! O LinkedIn permite que você se conecte com muitas pessoas que atuam na área. Aproveite para tocar figurinhas com essa galera!

3— Invista na sua qualificação

Estudar é fundamental e você pode escolher, simplesmente, bons cursos livres:

Sobre cursos livres gratuitos eu comentei sobre alguns, nesse artigo aqui:

Se você quiser pode optar por uma segunda graduação ou fazer uma pós-graduação.

Esteja preparado para sempre estudar! Em tech sempre surge algo novo e você fica em constante atualização.

Já recebi muitas perguntas do tipo: “Sou da área de humanas/biológicas. Isso me impede de conseguir uma vaga em tecnologia?”.

Não, gente! não impede!

O que os recrutadores querem saber mesmo é se você sabe fazer as coisas… E como você vai mostrar que sabe fazer? É aí que entra o famoso portfólio! E a gente já vai falar dele tá?!

Antes disso só vou contar que a primeira seleção que eu participei era para uma vaga júnior para Engenharia de dados. Na época eu ainda era muito insegura para me candidatar às vagas, mas criei coragem e fui! No dia da entrevista foi super tranquilo e tive que explicar o que sabia fazer, falei dos projetos que eu já tinha publicado no meu GitHub.

Resultado: eu passei na vaga!

Então, na moral, não fiquem receosos…

Bora falar do portfólio?

4 — Crie o seu portfólio

O portfólio é uma forma de mostrar o que você sabe fazer! Aqui você inclui os seus projetos. Aqueles que você desenvolveu em cursos ou projetos que você mesmo(a) criou. Pode conter artigos, seus certificados…enfim bota tudo o que você saber fazer e fez!

Esse portfólio pode ser construído no seu próprio LinkedIn. Lá você consegue adicionar seções com diversas informações como experiência, formação, licenças e certificados, competências, publicações, projetos, etc.

Também dá para o pessoal recomendar suas competências e/ou escrever recomendação sobre você. Essa parte das recomendações me lembra muito aqueles depoimentos da época do Orkut 😅 kkkk.

Uma dica importante sobre LinkedIn: Sabe esse cabeçalho que aparece abaixo do seu nome?

É aqui que você coloca as palavras que vão ajudar as pessoas encontrarem você lá! Então, capricha no cabeçalho e coloque os termos que você está se especializando. 😉

Vou deixar minha página do LinkedIn como exemplo:

https://www.linkedin.com/in/valquiria-alencar/

Outro lugar interessante para isso é o GitHub, pois na página inicial você pode deixar as informações sobre você e linkar lá tudo o que você já produziu.

Vou deixar meu GitHub aqui também para exemplificar isso:

Além disso, a minha amiga Sthe gravou um vídeo ótimo no canal dela do YouTube sobre o assunto:

Ela fez um portfólio sobre Data Science no Notion, mas você pode aplicar para outra área. Isso aqui esquece, né? Tá falando da elite! A elite do portfólio.

Se você não conhece o Notion: deveria conhecer! É uma ferramenta perfeita para organização pessoal e profissional. Eu costumo falar que existe vida antes e após Notion…

O modelo do Notion da Sthe é esse aqui:

Você pode clicar em duplicar no canto superior direito e criar o seu portfólio a partir dele. Após criar é só compartilhar o link!!! 🚀

5— Se planeje e se prepare para um possível downgrade

Se você quer migrar de área, você pode passar um tempo apenas se especializando. É claro: caso você tem uma boa reserva financeira para isso. Caso contrário: continue estudando nos tempos que você tiver disponibilidade.

E é importante estar preparado para o fato de que você pode começar a ganhar menos do que ganha na sua profissão atual, pois certamente você vai começar em uma posição inicial como Júnior ou Pleno.

Isso é normal, já que você estará iniciando uma nova carreira! No meu caso foi diferente, pois eu era bióloga e bolsista CAPES. Então, ganhar menos seria pouco provável kkkk.

Mas é isso pessoal! Não desanimem…Todas vezes que eu comentava sobre vagas com os meus amigos que também estavam estudando Data Science surgia essa gif nas conversas:

E, realmente, veio aí! Se você tiver alguma dúvida não deixa de escrever aí nos comentários.

Foi bom ter voltado aqui 💖

Até mais!

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Valquíria Alencar
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Written by Valquíria Alencar

Data Science & Analytics | Machine Learning | Python | Instrutora de Data Science na Alura

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